Ministro é defensor da execução de pena após condenação em segunda
instância, entedimento que acaba de ser alterado pelo STF
Por Da Redação / Veja

O ministro Sergio Moro, que defende que o Congresso reveja a questão da prisão em segunda instância (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
O
ministro da Justiça, Sergio Moro,
afirmou em nota emitida nesta sexta-feira, 8, que o Congresso pode alterar a
Constituição e determinar novamente as prisões após condenação em segunda instância. O posicionamento
do ex-juiz da Operação Lava Jato ocorre um dia após maioria do plenário do STF
(Supremo Tribunal Federal) decidir que a execução da pena deve ocorrer soomente
após o trânsito em julgado, quando não cabe mais recursos da defesa.
“Sempre defendi a execução da
condenação criminal em segunda instância e continuarei defendendo”, escreveu o
ministro, após ponderar que a decisão do STF deve ser respeitada. “Afinal,
juízes interpretam a lei e congressistas fazem a lei, cada um em sua
competência”, completou.
A decisão do STF beneficiou
diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril do ano
passado após ter sido condenado em segunda instância no caso do tríplex do
Guarujá. Sua defesa aguarda decisão da juíza federal Carolina Lebbos, responsável
pelas decisões da execução penal do ex-presidente, para sua soltura imediata.
Veja
a íntegra da nota de Moro:
Sempre
defendi a execução da condenação criminal em segunda instância e continuarei
defendendo. A decisão da maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) para
aguardar o trânsito em julgado deve ser respeitada. O Congresso pode, de todo
modo, alterar a Constituição ou a lei para permitir novamente a execução em
segunda instância, como, aliás, foi reconhecido no voto do próprio Ministro
Dias Toffoli. Afinal, juízes interpretam a lei e congressistas fazem a lei,
cada um em sua competência.
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